Definitivamente, aDeus!

Às vezes vou deixando a maré me levar para onde ela quiser, deixo me guiar para as amizades que ela deseja que eu tenha, para os lugares que...



Às vezes vou deixando a maré me levar para onde ela quiser, deixo me guiar para as amizades que ela deseja que eu tenha, para os lugares que deseja que eu conheça, e assim vou deixando que ela me guie, me apresente e me mostre um pouco desse imenso mar. Mas nem sempre é uma boa escolha, pois no mar não existe apenas você, e não se posicionar quando vier uma tempestade você será o primeiro a ser atingido, a sofrer, e a ter que recomeçar sem ao menos saber por onde, afinal você foi deixando que a maré guiasse você para onde ela quis passar, parar e fazer morada.

Mas tudo tem um lado bom, fica o aprendizado de onde não passar novamente, pois o caminho no qual trilhou deixou rastros e marcas, alguns irreparáveis, outros que sequer fizeram cocegas, e assim cada um contará uma história, e já sabemos que não são todas histórias que são bonitas aos olhos de quem ouve e vive. Às vezes são essas histórias que muitos nem sequer sabem da existência que nos faz fortes nesses momentos onde só queremos sumir. E tudo bem não ser forte o tempo inteiro.

E nesse exato momento é como se passasse um filme na minha cabeça de tudo que deixei a maré guiar, e não dói como antes, sei que me deixou mais forte, me fez chegar aqui. Muitas coisas de fato poderiam ter sido evitadas, mas faz parte do aprendizado,  faz parte de quem sou hoje, e só de pensar dessa forma vejo o quanto evolui, pois, não culpo ninguém, nem eu mesma por tudo que já me aconteceu, fiz como sempre fiz, vou deixar a maré levar para bem longe, se algum vestígio vier a aparecer nessa nova etapa, é só dar dois tapinha no mar que já já encontra o rumo no qual não deveria ter que ser perdido.

Mesmo tendo marcas que irei levar comigo por onde quer que eu vá, ainda sim escolho deixar a maré levar tudo o que puder, se é para recomeça que nada velho venha junto, que fique no mar, que fique onde jamais deveria ter saído, pois a partir de hoje, se eu não escolhi ter, a maré fará o trabalho de levar para bem longe, onde eu perca de vista no horizonte, pois assim minha paisagem será conforme a minha maré.


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